terça-feira, 14 de maio de 2013

Ensinando a respeitar as diferenças

Esses dias estávamos eu e Daniel passeando quando ele avistou uma criança com deficiência. Ficou olhando de longe e perguntou: "O que ele tem mãe?"

Na hora confesso que fiquei meio sem reação. Como e o que explicar? Gostaria muito de abordar o assunto da forma mais natural possível. Talvez a criança sinta-se confusa se você simplesmente disser: "ele é deficiente". Ok, talvez não. A criança não vai entender e ponto final. 

Então parei, pensei e disse: Nada! Por que? O que você acha que ele tem? - Sempre especulo primeiro o que está se passando na cabecinha dele, para então abordar sobre o assunto. 

"Não sei"

Segui minha intuição e disse: "Então filho, diga oi para ele" - E assim foi, ele disse "oi" e menos de cinco minutos depois já estava querendo brincar com o menino, quando percebeu que ele não podia correr - confesso que isso me deixou orgulhosa e impressionada - ele não insistiu e inventou outra coisa para distrair-se com a criança, que estava numa cadeira de rodas e desconfio que tinha paralisia cerebral. Foi tudo muito rápido, eu sorri para a mãe do menino, cumprimentei, normal. O inusitado ficou por conta das "explicações" que Daniel pediu na frente da mãe da criança. 

Não se trata de não explicar o que a criança tem ou não mostrar as diferenças. Na hora achei que não cabiam explicações, pois ficaria desconfortável explicar mil coisas que ele não entenderia naquele momento. Vamos simplificar né. Depois, em casa, expliquei que as crianças são diferentes entre si, mas que cada uma tem uma coisa especial.

 Eu mesma quase não tive contato com deficientes quando criança, muito pouco aliás, talvez uma vez ou outra. Mas lembro bem que minha mãe costumava dizer que devemos ser tratados igualmente (se referia as raças, gente que os outros diziam serem "feias" ou "bonitas" e assim por diante). Então aquilo ficou internalizado em mim e não costumava me chocar quando via alguém "diferente".

Mas com filhos é tudo diferente, ainda mais hoje, num tempo em que eles "sabem" tudo, são mais espertos e parecem entender as coisas cada vez mais cedo. Hoje olhando rapidamente os feed´s do meu facebook, vi que alguém postou algumas dicas sobre como lidar com essa situação de maneira tranquila. Achei ótimo o post e gostaria de compartilhar. São dicas das próprias mães e elas mesmas salientam que estas não servem como regras, mas dependendo das circunstâncias ao respeitar e observar alguns itens, você estará ensinando muito ao seus filhos e sem dúvida aprendendo também. 

Leia o resumo das dicas abaixo, mas não deixe de ler o post na íntegra. Segue link da reportagem: http://www.inclusive.org.br/?p=22166


1) Pra começar, não tenha pena de mim
2) Ensine seus filhos a não sentir pena dos nossos
3) Use o que eles tem em comum
4) Ensine as crianças a entender que há várias formas de se expressar
5) Saiba que fazer amizade com uma criança especial é bom para as duas crianças
6) Encoraje seu filho a dizer “oi”
7) Encoraje as crianças a continuar falando
8) Dê explicações simples
9) Ensine respeito às crianças com seus próprios atos
10) Ajude as crianças a ver que, mesmo crianças que não falam, entendem
11) Inicie uma conversa
12) Não se preocupe com o constrangimento

Até mais. 

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