quinta-feira, 16 de maio de 2013

Sobre métodos para fazer o bebê dormir


Hoje postei algo que percebi que deu certa polêmica entre quem compartilhou e leu o post. Não era a intenção, claro. Trata-se de uma observação que uma moça fez no twitter e que acabou sendo publicada também no facebook. O texto dela se refere ao livro conhecido no Brasil como Nana Nenê, do Dr. Eduard Estivill. No meu post no facebook, coloquei a palavra especialista entre aspas apenas em forma de protesto, já que ele desconsiderou os ciclos tão instáveis que um bebê sofre nos seus primeiros meses de vida, impondo regras de sono que não funcionam com todo mundo.

O Dr. Estivill é realmente médico pediatra e neurofisiólogo, responsável pela unidade de Alterações do Sono do Instituto Universitário de Dexeus de Barcelona e coordenador das unidades do sono do Hospital Geral da Catalunha e da Clínica Incosol em Marbelha. Não critiquei o profissional em si, mas sim sua maneira de abordar um assunto tão delicado num momento tão sensível da vida das mães. Seus livros sobre disciplina do sono para adultos, tem lá sua importância e não é isso que está em discussão, mas sim suas sugestões de, ao meu ver, romper o vínculo mamãe e bebê com regras nada humanizadas, desvalorizando e desmerecendo algo tão importante como, por exemplo, a amamentação. Mas como sempre menciono, devemos ter bom senso sobre o que lemos e o que aplicamos de fato. Bebês não são máquinas a serem programadas e o que funciona para um, pode não funcionar para outro. Se acontecer de não funcionar e a mãe ou o pai continuam a insistir no método, os efeitos podem ser desastrosos e  irreversíveis em longo prazo.


O sono dos filhos DOS OUTROS

Em momento algum o blog quis impor um modo de pensar. Porém, reproduzo aqui e na fan page, mensagens nas quais eu acredito sejam por pesquisas realizadas, convicção, intuição ou apenas opinião, e compartilho com quem deseja ler e aprecia a troca de informações entre mães.

Cada família tem suas particularidades e vive sua própria rotina. Apesar disso é importante observar que quando o bebê nasce os pais ou cuidadores terão a missão de apresentar aquele mundo novo para ele de forma que ele entenda e isso deve ser aos poucos, portanto talvez seguir uma cartilha não seja o ideal. O recém-nascido e mesmo um bebê de alguns meses está se adaptando àquele novo ambiente. Os múltiplos comportamentos devem ser levados em conta. Talvez seu filho se habitue a nova rotina, pois isso provavelmente já faz parte dos traços de sua personalidade. Mas pode ser que outro bebê (talvez até um segundo filho), não só não se adapte como tenha um ciclo de sono muito variado e toda e qualquer rotina não fará diferença para ele. 


Cabe aos pais observar o comportamento da criança e buscar saber quais são os padrões tidos como normais de sono infantil. Particularmente desaprovo o método por motivos óbvios, sendo um deles o fato de o próprio médico ter admitido que o relógio biológico dos recém-nascidos ser imaturo e não assimilar regras e disciplinas. Então talvez "a meta" (se é que tem que existir uma) não seja disciplinar o sono do bebê e sim ensiná-lo a dormir, com carinho, amor e às vezes muita, muita paciência!!


Tudo faz parte!


Bjs 

P.S.: O link com da entrevista completa com o médico está disponível nesse site: http://www.elpais.com/edigitales/entrevista.html?id=9446

terça-feira, 14 de maio de 2013

Ensinando a respeitar as diferenças

Esses dias estávamos eu e Daniel passeando quando ele avistou uma criança com deficiência. Ficou olhando de longe e perguntou: "O que ele tem mãe?"

Na hora confesso que fiquei meio sem reação. Como e o que explicar? Gostaria muito de abordar o assunto da forma mais natural possível. Talvez a criança sinta-se confusa se você simplesmente disser: "ele é deficiente". Ok, talvez não. A criança não vai entender e ponto final. 

Então parei, pensei e disse: Nada! Por que? O que você acha que ele tem? - Sempre especulo primeiro o que está se passando na cabecinha dele, para então abordar sobre o assunto. 

"Não sei"

Segui minha intuição e disse: "Então filho, diga oi para ele" - E assim foi, ele disse "oi" e menos de cinco minutos depois já estava querendo brincar com o menino, quando percebeu que ele não podia correr - confesso que isso me deixou orgulhosa e impressionada - ele não insistiu e inventou outra coisa para distrair-se com a criança, que estava numa cadeira de rodas e desconfio que tinha paralisia cerebral. Foi tudo muito rápido, eu sorri para a mãe do menino, cumprimentei, normal. O inusitado ficou por conta das "explicações" que Daniel pediu na frente da mãe da criança. 

Não se trata de não explicar o que a criança tem ou não mostrar as diferenças. Na hora achei que não cabiam explicações, pois ficaria desconfortável explicar mil coisas que ele não entenderia naquele momento. Vamos simplificar né. Depois, em casa, expliquei que as crianças são diferentes entre si, mas que cada uma tem uma coisa especial.

 Eu mesma quase não tive contato com deficientes quando criança, muito pouco aliás, talvez uma vez ou outra. Mas lembro bem que minha mãe costumava dizer que devemos ser tratados igualmente (se referia as raças, gente que os outros diziam serem "feias" ou "bonitas" e assim por diante). Então aquilo ficou internalizado em mim e não costumava me chocar quando via alguém "diferente".

Mas com filhos é tudo diferente, ainda mais hoje, num tempo em que eles "sabem" tudo, são mais espertos e parecem entender as coisas cada vez mais cedo. Hoje olhando rapidamente os feed´s do meu facebook, vi que alguém postou algumas dicas sobre como lidar com essa situação de maneira tranquila. Achei ótimo o post e gostaria de compartilhar. São dicas das próprias mães e elas mesmas salientam que estas não servem como regras, mas dependendo das circunstâncias ao respeitar e observar alguns itens, você estará ensinando muito ao seus filhos e sem dúvida aprendendo também. 

Leia o resumo das dicas abaixo, mas não deixe de ler o post na íntegra. Segue link da reportagem: http://www.inclusive.org.br/?p=22166


1) Pra começar, não tenha pena de mim
2) Ensine seus filhos a não sentir pena dos nossos
3) Use o que eles tem em comum
4) Ensine as crianças a entender que há várias formas de se expressar
5) Saiba que fazer amizade com uma criança especial é bom para as duas crianças
6) Encoraje seu filho a dizer “oi”
7) Encoraje as crianças a continuar falando
8) Dê explicações simples
9) Ensine respeito às crianças com seus próprios atos
10) Ajude as crianças a ver que, mesmo crianças que não falam, entendem
11) Inicie uma conversa
12) Não se preocupe com o constrangimento

Até mais.